CRO-SP CL: 18974 | RT: Dra. Maria Nathalia V. Diz Tercioti | CRO-SP: 9098

Sustentabilidade

Sustentabilidade: a Radiologia digital é econômica e protege o planeta

A tecnologia trouxe muitos benefícios para a odontologia digital ― principalmente a radiologia. Além de economia e praticidade, ela melhorou a comunicação entre os profissionais da saúde, proporcionou diagnósticos mais precisos e aumentou a segurança para pacientes e radiologistas. Mas você já parou para pensar que radiologia digital e sustentabilidade são aliadas?

Veja como radiologia e sustentabilidade andam juntas.

Menos lixo hospitalar

A radiologia digital é responsável por grande parte do lixo hospitalar, produzindo toneladas de material descartado anualmente. Esse tipo de resíduo merece descarte especial pelo seu alto nível de contaminação.

As imagens radiológicas convencionais são feitas com uma chapa de acetato e coberta por grãos de prata sensíveis à luz. O plástico demora mais de um século para se decompor completamente e é um derivado do petróleo, que por si só causa muitos danos ambientais.

Já a prata é extremamente poluente e também tóxica, pois pode se acumular no organismo e causar problemas motores, renais e neurológicos. Quando despejada em aterros sanitários, a prata contamina o solo e os lençóis freáticos por centenas de anos.

O perigo é tão grande que a liberação da prata no meio ambiente foi proibida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama).

Na revelação, são adicionados hidroquinona, carbonato e bissulfito de sódio, tiossulfato de amônio e sulfato de sódio. Ela também é lavada para retirar o excesso de resíduos. No entanto, esses agentes químicos aumentam consideravelmente o nível de poluição do material.

A imagem radiológica não deve ser descartada como lixo comum nem mesmo pelo paciente. Muita gente escolhe a incineração como método para se livrar das imagens, mas essa opção pode ser ainda pior. Além da poluição pela fumaça, os metais pesados presentes no arquivo podem contaminar o solo e os lençóis freáticos.

A chapa radiológica é reciclável, porém, por sua complexidade, o processo correto deve ser feito por um posto de reciclagem.

Sem filme radiológico

Com o avanço da tecnologia, o processo tóxico de contaminação foi diminuindo. O exame digital eliminou a necessidade de filmes, o que também acabou com o uso de metais pesados e processos químicos para a obtenção de imagens.

Hoje, há dois tipos de radiologia digital: a radiografia computadorizada ou CR (placas de fósforo em que as imagens são digitalizadas) e a radiografia digital direta ou DR (o scanner intraoral manda as informações diretamente para o computador).

Menos risco para profissionais e pacientes

As imagens digitais são muito mais fáceis de se obter e não necessitam de retrabalhos. Com isso, o tempo de exposição de radiologistas e pacientes é consideravelmente menor, chegando a poucos minutos ou até mesmo segundos, dependendo da complexidade do problema.

Sem necessidade de impressão

Como todo o processo pode ser feito entre radiologista e odontologista, não é preciso imprimir os exames. Os arquivos são salvos na nuvem, com muito mais segurança. A impressão só é feita caso o paciente solicite, e pode ser feita em papel comum, facilmente reciclável e sem uso de metais pesados. Dessa forma, radiologia digital e sustentabilidade continuam trazendo benefícios para sua clínica.

A quantidade de lixo hospitalar é consideravelmente alta: estima-se que cerca de 1% do lixo produzido pela população seja derivado de residências de saúde. Grande parte desse material é produzida pela radiologia, especificamente as famosas chapas radiológicas. No entanto, com o avanço da tecnologia, radiologia digital e sustentabilidade andam juntas e proporcionam diversos benefícios tanto para a clínica quanto para o meio ambiente.

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